NINGUÉM SABIA MAS A ATRIZ ARICLÊ PEREZ ESCONDIA ALGO NO SORRISO E NO OLHAR

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A trágica partida da atriz Ariclê Peres, uma das figuras mais icônicas da dramaturgia brasileira, chocou o país nesta manhã. Encontrada sem vida em seu apartamento em São Paulo, a artista, que deixou um legado inestimável no teatro e na televisão, tinha apenas 62 anos. A suspeita inicial aponta para um suicídio, um desfecho doloroso que revela uma batalha silenciosa contra a depressão, uma luta que poucos conheciam.

Ariclê, nascida em 7 de setembro de 1943, em Campinas, conquistou o coração do público com performances memoráveis em mais de 40 peças teatrais e novelas que marcaram gerações. Desde sua estreia em 1967, a atriz se destacou em produções como “Hair”, “Anjo Mal” e a aclamada minissérie “JK”. Sua última atuação na tela foi como Dona Júlia, um papel que, ironicamente, refletia a fragilidade da vida e a complexidade da alma humana.

Amigos e colegas do meio artístico, como Sérgio Mambert e Denise Delvequio, se reuniram para prestar suas últimas homenagens, lamentando a perda de uma artista que iluminou os palcos e as telinhas brasileiras. “Nunca estamos preparados para receber uma notícia dessas”, declarou José Wilker, que contracenou com Ariclê em sua última cena.

A morte de Ariclê Peres serve como um lembrete contundente da importância de discutir saúde mental e oferecer apoio àqueles que enfrentam suas batalhas em silêncio. Sua partida, abrupta e comovente, nos deixa com um legado de arte e emoção, mas também com a urgência de falarmos sobre as dores invisíveis que muitos carregam. Que sua memória e talento continuem a inspirar e a emocionar, enquanto refletimos sobre a fragilidade da vida, mesmo para aqueles que parecem intocáveis.